Hello IA World

white and brown human robot illustration Photo by Possessed Photography on Unsplash
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Quando comecei a estudar programação na universidade, a primeira coisa que aprendi a fazer foi um programa que escrevia “Hello World!” na tela. Naquela época, a IA ainda era algo distante, limitada a filmes que estrelavam nos cinemas e pareciam ser apenas ficção científica.

Quando cogitei fazer um mestrado na área, não havia cursos específicos de IA… O termo mais uso naqueles dias era Redes Neurais, mas eu já sabia que um dia chegaríamos onde estamos agora e iríamos muito além. Só ainda não sabia quando.

Uma das coisas que mais me encanta nas IAs atuais é a sua capacidade de gerar conteúdo online. Antes, tínhamos que escrever manualmente cada palavra, cada parágrafo de um texto. Agora, as IAs são capazes de analisar grandes volumes de dados e criar textos completos e coerentes e, apesar do fato de não gostar muito do tom e do modo demadiado genérico que as IAs costumam utilizar.

Essa evolução tem sido especialmente útil para a produção de conteúdo em larga escala, como artigos ou parte desta postagem, por exemplo. As IAs conseguem aprender com exemplos existentes e criar textos originais que se assemelham ao estilo humano, mas isso não significa que as IAs devem pensar por mim ou por você para escrever um texto, elaborar discursos ou responder a questões que nos são apresentadas.

Dentro das universidades de hoje, há muito debate sobre ética e autenticidade na geração de conteúdo por IAs e como desenvolver aquilo que temos chamado de Espírito Crítico, que envolve saber avaliar o conteúdo que as IAs nos entregam e quando ou até que ponto podemos e devemos lançar sobre estes conteúdos, nosso próprio modo de pensar, julgar e nos expressarmos.

O futuro da IA é cheio de possibilidades em áreas como reconhecimento de voz, visão computacional, humanidades – uma dos grandes focos das Humanidades Digitais – e podemos esperar que a IA continue evoluindo e se tornando ainda mais presente em nossas vidas, lembrando que, como diria Voltaire: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.

Lidar com o conceito de inteligência sem associá-lo automaticamente a algo humano é uma experiência extremamente nova para nós como seres humanos que, até o advento e popularização desta tecnologia, éramos os únicos detentores da qualidade de “inteligentes”, nos diferenciando de outros seres vivos justamente por isso.

Ainda somos nós que determinamos – e devemos continuar sendo por muito tempo – o ritmo e a direção das coisas e o bom senso e as decisões sensatas continuam sendo nossa responsabilidade.

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